Em 1984, na Austrália, uma doença cuja característica é rapidamente notada pela percepção do aumento da região da testa foi descrita pela primeira vez por um pesquisador chamado Kossard. Trata-se da alopecia frontal fibrosamte (AFF).
A AFF é uma variante do chamado líquen plano pilar – alopecia na qual destrói a parte do folículo piloso (estrutura onde nasce o cabelo) onde se encontram as células-tronco. Esta estrutura acaba sendo substituída por tecido cicatricial (fibrose), não sendo mais capaz de produzir mais fios.
A alopecia frontal fibrosante tem desenvolvimento lento e progressivo, podendo ser manifestada também nas sobrancelhas:
Quais são as causas?
Infelizmente as causas não são tão conhecidas assim. Até mesmo as questões genéticas não foram comprovadas até o momento, havendo teorias mais no sentido de fatores ambientais e até hormonais serem responsáveis pelo desencadeamento desta alopecia.
Majoritaramente, a alopecia frontal fibrosante ataca mulheres na faixa etária de 40 a 50 anos, ou seja, aquelas que se encontram no climatério – período de transição da fase reprodutiva para a fase pós-menopausa. A partir desse dado, dá-se enfase à teoria no sentido de que fatores hormonais apresentam relação com esta disfunção.
Embora seja mais constatada a presença desta disfunções em mulheres desta idade, homens e mulheres mais jovens também são acometidas pela Alopecia Frontal Fibrosante, embora em número inferior.
Alguns estudos associam a AFF a fatores ambientais, como o uso de cremes faciais protetores solares em cima de folículos.
Mas, conforme aqui relatamos, ainda faltam muitos estudos para dar credibilidade às teorias causantes desta disfunção.
Reconhecimento e tratamento:
Com a percepção de diminuição do número de fios principalmente na região acima da testa e sobrancelhas, procurar um profissional capacitado deve ser a escolha a se fazer.
Entretanto, além da perda de pelos, outros sinais também podem indicar se tratar desta alopecia: manchas vermelhas ou escuras no rosto, bem como presença de bolinhas na pele, deixando a pele com aspecto mais áspero.
Exames como a Tricoscopia ajudarão a identificar a AFF. Após o reconhecimento correto, parte-se para um protocolo de tratamento individualizado para o caso do paciente.
Embora não haja cura, existem tratamentos que visam bloquear o prosseguimento destas disfunções, impedindo que a perda de pelos seja ainda maior. A identificação precoce é super importante para um controle maior do problema.
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