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Qual a relação do anticoncepcional com a queda de cabelo?

Você sabia que de acordo com a British Broadcasting Corporation (BBC) no Brasil, mais de 80% das mulheres brasileiras utilizam algum tipo de contraceptivo? Em nosso país, o anticoncepcional é largamente utilizado a fim de se evitar uma gestação!

Tais ferramentas são compostas muitas vezes por hormônios sintéticos, como a progesterona e o estrogênio, com a função de evitar a ovulação, havendo alterações no ciclo menstrual.

Embora os anticoncepcionais cumpram, via de regra, com seu principal papel de prevenir uma gravidez, é importante salientar que eles apresentam efeitos colaterais. Suas vantagens devem ser analisadas em conjunto com as consequências negativas que sua utilização pode ocasionar.

Podemos citar como efeitos mais recorrentes os seguintes:

  • inchaço;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • acne;
  • alteração de humor;
  • diminuição da libido;
  • trombose;
  • queda de cabelo.

Da queda de cabelo:

Considerando que nosso objeto de estudo neste blog é a saúde capilar, vamos analisar a questão por este ângulo. 😊

Para falarmos da relação da queda de cabelo com o uso do anticoncepcional, é necessário distinguirmos os tipos de queda, pois tratamos de contextos diferentes. Veja:

Eflúvio telógeno e anticoncepcional: o eflúvio telógeno é um tipo de queda de cabelo que se caracteriza pela desregulação do ciclo capilar.

Nosso cabelo é dividido principalmente em três fases:

  1. Fase anágena: é a fase de crescimento do cabelo, correspondente a 90% dos fios. Aqui há a proliferação intensa das células matriciais do folículo. Esta fase dura entre 2 a 8 anos, variando de acordo com o organismo.
  2. Fase catágena: aqui há a transição da fase de crescimento para a preparação à queda, havendo a desconexão do fio com o bulbo capilar (estrutura na qual a raiz do cabelo se encontra). Menos de 1% dos fios estão nesta fase. Aqui, o cabelo ainda é mantido no folículo piloso (estrutura na qual o cabelo se desenvolve como um todo), porém ele para de crescer. Dura apenas de 2 a 3 semanas.
  3. Fase telógena: é a fase do desprendimento do cabelo! Há a desconexão da haste com o tecido epitelial. Cerca de 10% dos fios estão nessa fase. Sua duração é de cerca de 4 meses.

Quando se encerra a utilização do anticoncepcional, o eflúvio telógeno pode ocorrer devido à paralisação do uso do estrógeno – conjunto de hormônios responsáveis pelo desenvolvimento de características femininas e controle da ovulação.

Após cerca de três meses após deixar o anticoncepcional de lado, poderá ocorrer uma queda de cabelo intensa, chegando, nos casos mais extremos, a uma perda capilar de até 80% dos fios. O estrógeno auxilia e muito a prolongação da fase anágena dos cabelos. Com sua cessão, o ciclo capilar volta ao normal, com eventuais quedas bruscas no meio da jornada.

Um tratamento capilar pode auxiliar para que o ciclo capilar se estabeleça mais depressa e de modo saudável. Com o tempo, o eflúvio, mesmo sem tratamento, tende a ir embora. Caso haja retornos desta disfunção de tempos em tempos, é bastante válido procurar um especialista para corrigir o ciclo capilar.😉

Alopecia androgenética padrão feminino e anticoncepcional: neste tipo de disfunção capilar, já geneticamente determinada na portadora, há um afinamento e miniaturização contínuos dos fios, a ponto de em algumas áreas do couro cabeludo simplesmente não nascer mais cabelos com o passar do tempo. Entretanto, há gatilhos que antecipam e agravam o quadro – como, por exemplo, o uso de contraceptivo.

Nos casos de diversos anticoncepcionais orais e até mesmo no DIU Mirena, percebe-se a presença de uma substância chamada levonorgestrel – uma progesterona sintética. Este tipo de fármaco apresenta efeitos colaterais significativos, tais como presença de pêlos em lugares indesejados pelo rosto, surgimento de acnes e, também, a piora do quadro da alopecia androgenética feminina.

Quanto mais precocemente combatida a calvície feminina, mais possível será a obtenção de um resultado satisfatório por meios de tratamentos tricológicos.

Conclusão:

A saúde integrativa tem um papel fundamental visando equilibrar a vida das pessoas. Para se evitar tanto a queda de cabelo, como outros malefícios causados por anticoncepcionais, é super importante o paciente procurar ajuda multidisciplinar.

Em primeiro lugar, conversar com o profissional ginecológico é importante para regular o aspecto hormonal e anticonceptivo em consonância com os outros aspectos fisiológicos do indivíduo.

Além disso, será muito bem vindo um tratamento tópico, com uso de tecnologias e recursos certos para o couro cabeludo. No caso do eflúvio telógeno, procedimentos utilizando aparelhos de fotobiomodulação e eletroterapia, por exemplo, serão de grande valia para a recuperação dos ciclos capilares. Tratando-se da calvície feminina, estancar o processo de perda capilar e estimular o crescimento dos fios ainda não cicatrizados serão altamente sugestionados para a melhora do quadro.

🌹 E por hoje é isso, pessoal! Nosso blog é destinado a todas as pessoas que se interessam por saúde e pelo bem estar dos cabelos! Sejam sempre muito bem vindos e bem vindas! 😊 🌹

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